quarta-feira, 17 de junho de 2015

A Heróica Missão de Ser. A Difícil Missão de Estar e O Compromisso de Emocionar

Estou há uma semana (ou mais!) tentando ouvir uma música, mas não consigo passar dos 5 minutos porque ela me emociona de verdade. Uma vez meu professor, que também é musicoterapeuta me disse que isso é emocional e que existem casos em que se precisa de tratamento. Fiquei anos com isso na cabeça até que então concluí - oras! Mas é isso! A música tem é que me emocionar mesmo - Nunca tive a oportunidade de brincar e dizer isso à ele (que deve estar lendo isso agora), mas a mensagem que ainda vibra no meu coração é a mesma de 1998 (de um outro professor). Ela é um pouco dura, mas significativa pra época. Ela diz mais ou menos assim: "Precisamos nos concentrar. Isso vai além da partitura ou de como está se sentindo. Você agora não pertence só a você e sim ao outro. Quando estamos tocando somos os transmissores de sensações, de sentimentos. Como você quer que o seu público se sinta?"

Desde então tive um compromisso que virou necessidade e ele era emocionar. Nunca soube se consegui de fato. Adoeci, confesso e até hoje tento me recuperar.

Aos que me chamam de dramático, hoje  eu explico humildemente que é só emoção. Uma emoção que pouco experimentei pelo compromisso de me doar (quem trabalhou comigo sabe. Por isso não consigo ficar em trabalhos. Não sou um músico "paternal" e isso me transforma num cara difícil de lidar) Afinal, percussão não é um instrumento de fácil assimilação quando não há claves.

Tenho um amigo em especial que me provoca falando sobre meu potencial. Penso que estou atordoado por um murro e por uma série de sentimentos até então inexplorados, mas que ja é hora de se recuperar e seguir. E como na música "humildade e coragem são nossas armas pra lutar..."
                                                       
A máxima que fica no meu coração e pra vida é: e você, já emocionou alguém de verdade? Esse é o seu propósito?
Eu, do fundo do coração gostaria de encontrar cada um desses músicos que já me emocionaram um dia e dizer - amigo, você cumpriu o seu propósito. Obrigado.

Dedico essa reflexão à essas pessoas que implícitamente me provocam, me insentivam. Me apoiam. E ai são algumas delas:
Agenor Ribeiro, Sérgio Chiavazzoli e Fernanda Schnoor (meus grandes professores), Jonathan Ferr, Roque Miguel, Dentinho e Saray Melo (meus grandes amigos que me lembram que ainda estou no jogo e que a peteca não pode cair) e Pablo Arruda, Mari e Celina que estão sempre de alguma forma me provocando reflexões. E claro muitos outros grandes companheiros. Gratidão! 

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