sábado, 27 de junho de 2020

Enclausuramento Libertário

Estar preso em casa por conta da pandemia talvez tenha me aberto possibilidades de visitar outro lugares, lugares dentro de mim. A necessidade de sair de casa, que ontem era meu refugio e hoje é a minha prisão tem sido uma gritante descarga emocional. Ai que sinto a linha tênue com a loucura. E quem me salva, me tira desse lugar? a arte. A arte e a minha imaginação.


Fico pensando se Bispo do Rosário seria tão genial se não tivesse enlouquecido. Enlouquecido? Se libertado! A sociedade te engessa e quanto mais você se cura, se liberta das regras mais você é taxado de louco.



Talvez estar preso agora em casa tenha um propósito que só vou entender quando a loucura chegar. De vez em quando ela me visita e temos longos papos como esse agora. Da ultima vez ela me indagou - Será mesmo que você está preso? - Se meu corpo e meu livre arbitrário está em clausura agora eu não posso me permitir, em hipótese alguma (me engessar) que minha mente me aprisione.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

O trem C(d)olorido

Na leveza de uma sociedade barulhenta e silenciada, carregamos um peso que não é nosso: o colorismo. E o transportamos em vagões. No primeiro vagão o negrômetro, no segundo o genótipo, no terceiro o fenótipo e a afroconveniencia, no quarto os relacionamentos interracionais.
São vagões a perder de vista, mas a única certeza é que o maquinista é sempre o mesmo.
O racismo. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Arqueologia da Problematização

Centro da cidade. Saindo de casa:
Asfixia artista e o caos da cidade.

- Oh garota! Larga esse cara! Ele não serve pra você! Vai estudar!
- Como não serve!? Ele foi a melhor coisa que já me aconteceu. Não bebe, não fuma e me trata bem.
- você tem que namorar é um dos meus filhos. Também não bebem e nem fumam. Só cheiram. As vezes fumam mas aí nem é usar droga...
- Aí Betão cruzes! Se só fumasse...
- então namora meus netos! Não fumam, não bebe ou usam drogas. Mas só tem o seguinte. Um tem 2 o outro tem 6.
Se Deus quiser vai chegar aos 12 sem nada disso.

Metro coelho Neto. Voltando pra casa:
Asfixia da cidade e caos artístico.

A cidade é definitivamente uma "arqueologia da problematização" e nós um "roteiro em movimento". No final já nem sei quem imita quem. Arte/vida/resistência/vamos por aí...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Sobre Auto Conselho e Vibrações Energéticas

É a sua energia interna que vai se comunicar com o Universo para ele DAR o que você quer.

Cansou de algo, da vida? Não desista. Descanse.
Ah, lembre-se que a vida é imparável. 

sábado, 29 de dezembro de 2018

Sobre a Lei da Atração

O universo é como um entregador de pizza. Se você sabe o que quer então peça sem hesitar, seja paciente, vá fazendo outras coisas e saiba que você merece receber o que pediu.

2019 é o ano da colheita!
- axé!
Sim, voltei a escrever  :)

quinta-feira, 1 de junho de 2017

O Tempo, o Vento, Marte, Venus, a Vida, Escolhas e O Destino

Durante esses dias eu vinha me desentendendo com minha namorada. Ela vem passando por problemas bastante delicados e ainda não descobriu uma maneira saudável de externar isso, coisa de nós seres humanos mesmo. Eu não sou um cara de grandes problemas, mas como qualquer um tenho os meus. Quando eles aparecem eu trato logo de falar de música, de planejar algo mirabolante, talvez pra me ludibriar mesmo... Enfim, tento demonstrar e doar um pouco de mim apresentando esse gesto, mas as pessoas infelizmente preferem fazer da forma mais tradicional.

Em meio a essa reflexão alheia conclui que minha solução está sempre na música, mas meus problemas também e como um bom libriano tentei fazer uma analogia disso:
Desde que resolvi entrar nesse "barco das artes" minha vida foi feita de uma grande inércia e de repente "BOOM!" algo incrível acontecia. Quando jovem eu tocava trombone. Quando meus pais começaram a me cobrar do que ser quando crescer eu precisava prova - los de que música era uma boa jogada. Em meio a inércia de partituras e marchas (era uma banda marcial), meu professor conseguiu um teste pra eu disputar uma bolsa numa escola na baixada fluminense. Consegui! De lá para a escola Villa Lobos seria um pulo (que também consegui!)
No meu instrumento de trabalho também não foi diferente. Eu era um baterista muito respeitado no meu bairro, Rocha Miranda, logo passei a ser conhecido em bairros vizinhos e que por fim, quase toda a cena rock da zona norte já sabia quem era o tal de Davidson Silva que as vezes se chama de Gustavo Costa (?) e que por fim virou Davidson Ilarindo (prometo parar por aqui).

Eu sempre queria mais. Uma vez participei de um festival em botafogo. Minha primeira vez que pisava naquela região do Rio musicalmente falando. Eu achava que todos os gêneros e artistas para serem bem aceito no mercado tinham que passar por lá. Tocar lá já era um sonho, mas... Eu queria mais, queria ser aceito e requisitado lá também. Isso aconteceu. Hoje tenho muitos queridos por lá e de fato minha renda vem do centro e zona sul. Maaaas eu queria mais!

Assistindo canais de TV a cabo, ouvindo muita música, estudando, curtindo e tentando entender minha profunda inércia, perturbado por essa falta de perspectiva profissional, tive durante aquele período um sonho recorrente. Eu contemplava um bem estar de grande felicidade. Porém, pouco a pouco meu corpo ia crescendo até encher todo o espaço, não restando mais lugar nem pra respirar. Tudo ficava escuro e eu só via uma luz no fim do túnel formado por uma forte tempestade. Sabia que minha única salvação era atravessar o túnel para chegar até a luz, mas eu tinha pânico do tornado ameaçador.
Por outro lado eu sabia também que, se conseguisse relaxar totalmente, deixando me levar pela tormenta, desembocaria do outro lado possivelmente são e salvo. Tomei coragem, pulei em direção ao furacão, deixando os ventos levarem meu corpo. Porém, ao chegar ao outro lado, lá estava eu novamente sentado. Então antes que pensasse "o que significa isso?"... "SHAZAN" ou melhor "TRIM TRIM TRIM". O telefone tocou. Eu atendi achando que era uma chamada do banco BMG tentando me descolar um empréstimo que nunca pedi ou as Casas Bahia querendo saber onde algum tio meu devedor morava.  Eu não achava que o tempo fosse virar tão de repente, mas assim é a meteorologia né? rs...  O telefonema era um convite para tocar música brasileira pela Escandinávia, Suécia, Finlândia e até as desconhecidas Letonia e Estonia que um dia quero morar lá de novo.

Os anos se passaram, hoje vivo perturbado por essa falta de perspectiva profissional novamente, sob a mesma árvore frondosa, encostado no tronco, pasto verde e o horizonte da inércia, mesmo céu azul, mesmo sol brilhante e pouco a pouco, outra vez o meu corpo vai crescendo. E assim por diante, várias vezes...
... É aí,  o que temos pro futuro, dona inércia?


domingo, 23 de abril de 2017

A Arte do Encontro

Bilhões de bocas, abraços, gente pra rir, trocar confidenciais e experiências. Bilhões de qualidades e defeitos que divididas em entre essas bilhões de pessoas nos faz poder ter a breve vontade de se conectar com todas só pra nos sentirmos completos e sair andando por aí. Bilhões de trocas e possibilidades e um única felicidade: você ter todas essas qualidades e e estarmos juntos. Isso é arte.