quarta-feira, 14 de março de 2012

A ÚLTIMA ROSA

Mais um dia raiou pra mim. Vejo terra, vejo plantas,
Vejo irmãos ao meu redor Poucos irmão,
Pois quase todos já foram retirados.

Vejo gente que me ama, Gente que me Maltrata.
Falar em gente olha aqueles que estão ali!
Conheço cada um deles e por nome. Sei cada história.
Eu poderia até ajudá-los se eu pudesse falar a língua deles.
Mas nunca entenderiam, pois eles não pensam em compreender a minha.

O ser humano é um ser curioso. Curioso e extremamente bipolar
E vejo cada exemplo aqui.
Uns dias estão felizes, outros tristes e outros dias muito irritados
Mas e o amor? Ah o amor... Esse foi o único sentimento
Que consegui representar perfeitamente aos humanos.
Amor pelo seu trabalho, pelos seus bens, pelo próximo...

Os humanos me confundem como um ser feminino pela minha cor
E me dão até como nome as pessoas
Mas mal sabem que além de exalar forte aroma
Também possuo estames viris e muita paixão.

Olhe aquela menina! Espero cada minuto do dia
Pra vê-la fazer seu religioso lanche,
Comendo sempre as mesmas coisas, Sempre no mesmo lugar.

Seu cheiro forte de orquídea faz eu me transformar em um símbolo pagão
Que bifurca entre respeito e adoração.
Mas o que eu desejo é me aconchegar em seu colo e transmitir alegria em troca do seu aroma.

Sinto que ela quer me ganhar um dia,
Aliás, quem não quer?
Afinal simbolizo o amor.
Mas se eu for essa será a minha sentença de morte,
Pois sairei do meu habitat...

Mas quer saber? Por você eu me sacrificaria com o maior prazer.
ME LEVA, EU SOU SEU!

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