Um papo informal e alusão sobre esporte, arte e entretenimento

Um dia em uma visita à minha casa um amigo quis tirar um sarro comigo - "não sei pq vc assiste tanto programas de esporte, nunca vi você pegar numa bola, num volante e nem numa peça de xadrez" - sim, concordei com ele e acho até que nasci no país errado pq sempre gostei de correr, eu poderia ter sido um fenômeno do atletismo ou sei lá, de futebol americano. Enfim, mas isso não vem ao caso, vamos a minha resposta e reflexão.
- Meu nobre "Man", reflita comigo,  quando algum jogador faz dribles, passes e gols incriveis do que ele é chamado?
- De craque - disse o "Man" ainda confuso mas sabia que já viria devaneios... e ele gostava das loucuras que eu falava.
- Sim, okay! Mas ele ganha mais um status, um elemento que o torna diferente dos outros...
- sim! Pq ele faz um futebol arte!
- logo ele é...! - se deliciando e babando com o consentimento do amigo.
- Sim, ele é um artista! Mas cara, o que a ver o cu com as calças?
- Exatamente isso, man! O cu é o patrimônio e as calças o marketing meu nobre e ela o protege, alimenta, o projeta profissionalmente. Se o futebol bem jogado é arte, o que é arte? Não importa! Ninguém se importa! O público só quer ser entretido, mas sempre tem alguém fazendo dinheiro com isso. "As calças" - falei num to excêntrico e retomei o discurso com uma pergunta:
- Man, quem paga os salários milionários dos jogadores de futebol?
- Sei lá, as calças..?
- Quem paga a os salários dos artistas? Reflita comigo, sim, é claro que o esporte tem seu total valor, mas se não der evidência, se não for entretenimento, ninguém vai,não vende! Aí eu te pergunto, futebol e arte não são entretenimento?
- Hã....!!!!!!!
- E pq só os jogadores estão ganhando tanto? Pq existe mercado internacional pro esporte e "não existe" mercado internacional de cultura? O problema do artista é só pensar em arte. Por isso eu assisto os programas de TV esportivo.

"tack" eles abriram o latão de uma cerveja ambev qualquer, estava geladissima! Era noite de NBA.

Madeira e Sal

"Eu vim roubado da minha terra 

Eu vim 

Sem roupa, realeza, 

Fome a bater

Descalço e a corrente a me marcar 

Vejo ao meu lado os filhos a temer

                                                            

Na fresta eu olho a luz do céu 

Com a mão no chão eu oro em ioruba 

Cheiro de angústia balançando ao Leo 

Madeira e sal empesteiam esse lugar 

Tudo a mexer, a embrulhar 

Suor a descer, viagem a levar..."   

                             

                   

Uma dor que transpassa e transcende gerações até mim, feridas que nunca se fecharão, mesmo que o planeta nos peça desculpas, mesmo que Deus recomece tudo do zero.

Poesia / desabafo: Luciane Dom

Arte: Wak

Ambição

Decidiu passar o ano vestido de Mário Bros pra ver se passava logo a fase difícil da vida ou terminaria como o sonic, catando moedas.